O que é WordPress, Estrutura e História

Antes, o WordPress era apenas um sistema de publicação para blogs com código fonte aberto. Mas, com uma idéia muito forte: permanecer simples, para ser o máximo estável possível e respeitar os colaboradores, deixando-os ao máximo livres, para criar coisas novas.

Estas coisas novas, que os programadores colaboradores criavam, eram chamadas de plugins ou temas. Que, mediante a votação da comunidade, era decidido se seriam incorporados a nova versão do software em definitivo, ou continuariam sendo funções que se os usuários quisessem implementadas ao site, bastava instalá-las.

Estas funções ficam num repositório central junto aos temas. E, sempre que há uma atualização de um plugin ou tema, aparece um aviso no painel de controle do site em WordPress. Então, é só apertar o botão de atualizar e pronto. O plugin ou tema agora está com uma capacidade nova, seja de segurança ou funcionalidades.

A diferença entre plugin e tema é que normalmente um plugin está associado a uma funcionalidade, seja para ser aplicada ao design ou ao painel de controle (back end). Já o tema, normalmente está associado apenas ao design que o usuário vê, e a algumas poucas funcionalidades de gerenciamento do próprio tema (front end).

A estrutura de postagem para posterior navegação do usuário num site em WordPress é dividida em páginas, categorias, posts e tags, e deve ser escolhida na hora da publicação conforme a dinamicidade que se quer aplicar ao conteúdo. Um conteúdo de assunto estático, como por exemplo, o Fale Conosco e Institucional, deve ser publicado como página. Assuntos de publicações diárias, como por exemplo, notícias, devem ser publicados como posts em determinadas categorias. E as tags, devem ser anexadas aos posts contendo palavras-chave relacionadas, como se fossem categorias mais dinâmicas e complexas, possibilitando uma navegação menos rígida ao usuário.

O WordPress produz um endereço de RSS Feeds que distribui o conteúdo pela web, para cada URL criada. Se há um post, existe um RSS Feeds que contêm o texto e todos os comentários sobre ele. Uma URL de tag possui um RSS que contêm todos os posts em que a tag está anexada. E cada categoria também tem o RSS que contêm todos os posts que foram inseridos nela. Além disso, ainda há o RSS geral que carrega todos os textos publicados no site. Vale lembrar, que há plugins para manipular todos estes RSS Feeds, que possibilitam editá-los, excluí-los ou criá-los. Além das funções nativas para isto, é claro.

Atualmente o WordPress (WP) está na versão 3.0.5 e conta com duas grandes atualizações anuais, geralmente uma voltada para o design e outra para a programação. Existe uma equipe de 150 pessoas envolvidas diretamente no core do WP. Mas, ela está em constante contato com a comunidade mundial, que dá dicas, ajudas e votos, para determinar o que deve ou não ser feito. O último grande avanço da plataforma foi possibilitar o gerenciamento de vários sites com apenas uma instalação. Para fazer isto antes, era preciso usar o Wordpres Multi User (WPMU), que era uma vertente do WordPress normal. Isto originou um novo nome, o WordPress Multi Sites (WPMS).

Tecnologias Sustentáveis e Livres

Atualmente toda empresa quer marcar presença na web. Para isto, é preciso um site, o que implica em custos de desenvolvimento com perca de foco no produto principal, pois é necessário perder tempo com contratação, planejamento e gerenciamento. Além do que, um conhecido problema da área tecnológica é o não conhecimento do contratante sobre o assunto, o que resulta em funcionários não contratados corretamente e que muitas vezes não fazem o trabalho direito, só sabem enrolar.

Para resolver este problema, o software livre é uma boa pedida. Além de já vir com várias funcionalidades prontas que dispensam o serviço de base, eles tem uma documentação bem completa, que muitas vezes não é feita corretamente com o software proprietário desenvolvido dentro da empresa, principalmente quando o software não é o produto de venda.

O software livre quando apoiado por uma grande comunidade, sempre vai ser de maior qualidade que o software proprietário, principalmente em novos e abertos mercados como o da web, em não há um monopólio como o da Microsoft.

O sistema de desenvolvimento de um software livre é colaborativo. Geralmente uma empresa mantenedora, que lucra prestando serviços e consultorias relacionadas ao software aberto, disponibiliza uma equipe fixa que desenvolve o core, além de contar com ajuda da comunidade de desenvolvedores colaboradores usuários que desenvolvem os plugins ao mesmo tempo em que testam tudo. O feedback de erros e acertos encontrados no teste é mais rápido do que no desenvolvimento de um software proprietário, em que o ambiente de simulação de uso, na maioria das vezes, não corresponde ao ambiente real.

A sustentabilidade entre empresa e funcionário é outro fator positivo do software livre. Pois, o mesmo software que o programador desenvolve pode ser usado por ele em seus próprios empreendimentos. Além disso, o programador pode colocar as funcionalidades desenvolvidas dentro da empresa, disponíveis para outros desenvolvedores em forma de plugins em seu blog pessoal. Através da audiência obtida por ele pela disponibilização do plugin em seu blog ele pode lucrar com publicidade e outros modelos de negócios relacionados à audiência de nicho.

Muitas vezes o empresário tem medo do software livre por achar que ele não protege os segredos da empresa, o que é uma falácia. Pois o software livre não precisa ser todo aberto, as partes que forem segredos corporativos considerados vitais ao desenvolvimento das atividades, podem permanecer em código fechado. Além do mais, é importante ressaltar o valor da sustentabilidade em um país em desenvolvimento. Pois, não adianta nada ter dinheiro numa nação de analfabetos moribundos, não terá ninguém para te oferecer serviços de qualidade!