Leituras de Fim e Início de Ano

Iniciei o ano acabando de ler um excelente livro. Minha filha o havia lido a mando da escola. Logo em seguida li outro, que uma amiga veio devolver para meu irmão por meu intermédio. Li o terceiro, que encontrei, por acaso, na escrivaninha do meu irmão quando estava devolvendo o segundo.

Assim, os três chegaram a mim por mero acaso. Li-os ‘de uma sentada só’. Dentre os trezentos e cinqüenta livros que já li, estes três entrarão para a lista dos 10% melhores. São eles: 1º) A menina que roubava livros – Markus Zusak (Australiano), 2º) 1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil – Laurentino Gomes (Brasileiro), 3º) Mauá – Empresário do Império – Jorge Caldeira (Brasileiro).

Se eu pudesse ter escolhido, o que foi impossível, mas, felizmente, não fiquei no prejuízo; teria trocado o 1º para 4º e, em lugar do 1º entraria o ‘A nau capitanea – Pedro Alvares Cabral: Como e com quem começamos – Walter Galvani’ (Brasileiro). Isso porque esta sequência faz uma ótima cobertura da História do Brasil; do “Descobrimento”, da Colônia e do Império. Disse que foi impossível ler nesta sequência porque quando li ‘A nau capitanea’, ainda desconhecia os outros dois. Se não me engano eles foram editados depois.

Quem ainda não leu nenhum, tem, agora, esta dica. E, se alguém está imaginando que estes livros têm algo a ver com aqueles em que estudou História do Brasil, engana-se. Nestes, a gente saboreia a História, se emociona, vivencia. A gente entra na História como quando se assiste um filme 3D. Quando fecha o livro sente como se tivesse voltado de uma outra vida no passado, em que estava na pele daquele personagem com o qual se identificou mais, ou trocando de pele em cada situação e circunstância.

Lendo-os, podemos entender o nosso presente. Descobrimos como é tortuosa, torturada e sofrida a ‘biografia’ da Pátria Amada e, então, percebemos porque somos uma Nação que ainda não alcançou a civilização. Porque nos sentimos como colegiais cheios de repetências no histórico, fracos para entrar na Faculdade e muito distantes da graduação. E ainda, porquê, quando avançamos de um lado regredimos de outro.

Quando comecei esta redação, pretendia citar os três livros do segundo parágrafo, em seguida discorrer sobre o terceiro livro, sobre o Barão de Mauá e, em outros momentos falar sobre o segundo e primeiro. Mas, acabei voltando-me para outro aspecto e decido, agora, encerrar aqui e comentar o ‘Mauá – Empresário do império’, em outro dia. Enquanto isso, “mãos à obra”, ou melhor, “obra nas mãos”.

Se deseja comprar algum dos livros que foram indicados no post, por favor considere comprá-los por aqui para ajudar o blog. Boa (viagem) leitura!

Sou negro, sou pardo, sou índio, sou pobre… sou brasileiro!

Herança Indígena

Um dos muitos conceitos do Brasil é o de país “colorido”. Dentro e fora, quando se pensa no Brasil, pensa-se, também: lugar multicor. Chega-se a ver as cores. São seis letras que levam a uma alucinação “degradé”. Brasil é sinônimo de carnaval e não há nada mais colorido do que carnaval. Brasil é puro futebol e futebol é pleno de cores. Brasil é todo natureza e ela tem uma infinidade de matizes. E, se não bastasse, o Brasil é um país que se ufana da variação de cores de pele da sua população. É pele de tão variadas cores que matam de inveja os outros povos. Pois, imaginem os escandinavos: são todos transparentes de tão brancos; imaginem os africanos: todos negros; os chineses: todos amarelos; os povos árabes: todos morenos. Nenhum país do mundo tem esta diversidade de cores e tons de pele que temos aqui. Temos as deles e uma imensidade de outras. Alguém vai dizer: não, nós temos negros, brancos e mulatos. Eu replico: não, aqui os negros têm cada um a sua negritude; os brancos têm a sua branqueleza individual; os mulatos têm cada qual a sua mulatice; os índios: cada tribo uma tonalidade característica. Enfim, aqui cada um é dono da sua cor. Eu digo: eu sou moreno claro. O outro diz: eu sou negro bem escuro. E o outro: eu sou moreno pardo. Tem um que diz: eu sou mestiço, bem misturado – tenho pai branco, louro, de olhos verdes, alto, ele é europeu; tenho mãe negra; um avô era índio – E, assim ele vai descrevendo a sua miscigenação, que o fez tão singular na sua cor e na sua aparência geral.

E daí, que preocupação é esta com cor de pele? A quem isto interessa? Você que lê está intrigado. – Respondo: Interessa a você, a mim, a todos os brasileiros. Vou explicar porquê. Há poucos dias o telefone tocou, atendi, era minha sobrinha, estudante de medicina. Ela disse: “Tio, preciso de um favor seu. Redija para mim um documento em que eu me declare de cor parda. Mande por E-mail. Eu tenho que conseguir o financiamento do meu curso e só terei chance se entrar na cota dos pardos. Já que não sou negra nem branca devo ser parda. Parda é o mesmo que morena? Não tem cota dos morenos. Então devem me aceitar como parda mesmo. Vou tentar. Faz isso prá mim tio?”. Fiz! E foi daí que comecei a refletir sobre a cor da pele dos brasileiros.

Não foi a primeira vez que este fato teve a ver diretamente comigo. Antes disso, meu filho fez vestibular. Tirando as cotas reservadas aos negros, pardos e índios, sobraram 24 vaguinhas em um total de 50.

E daí? Nada mais justo. Dizem os favoráveis ao sistema de cotas.
Nada mais injusto. Dizem os contrários ao sistema.
Interessante é que o brasileiro é “miscigenado” até nas opiniões. Posto que há opiniões favoráveis e contrárias de todos os lados.

Miscigenação

Reflitam. Minha sobrinha só estava fazendo um curso de medicina porque sua mãe vendeu o único imóvel que possuía, a própria casa residencial, para custeá-lo até conseguir o financiamento do Governo. Se não conseguisse ficaria inadimplente e adeus curso. Conseguiu, no “soar do gongo”, porque se declarou parda. Se se declarasse “pobre” de nada adiantaria. Não há cota para “pobres”.
Se meu filho se declarasse NEGRO ou PARDO ou ÍNDIO teria mais vagas à sua disposição e menos concorrentes.

Desde quando essas idéias de “cotas” surgiram, tornaram-se polêmicas. Tudo que encontrei escrito sobre o assunto questiona: a finalidade (para a maioria o objetivo apregoado é uma falácia); a legalidade (é inconstitucional); a conseqüência (incitar o racismo).

Da finalidade: Dizem, os defensores do sistema de cotas, que há uma dívida histórica a ser paga aos negros, aos índios, aos pardos. Ora, falácia. Dívidas históricas não existem porque o passado não existe. E quanto mais passado mais inexistente. Imaginem se Roma tivesse uma dívida histórica com todos os povos que ela destroçou, humilhou e escravizou. Qualquer romano de hoje vai achar que estão lhe contando uma piada. Quantos impérios como o romano existiram na história do mundo? A última tentativa de dominar o mundo, a mais recente, foi a da Alemanha, capitaneada pelo insano Hitler. Isto acabou há apenas 63 anos. Entretanto, ninguém, em sã consciência, acusa os alemães de hoje pelo nazismo e todas as suas atrocidades. Aliás, muitos, de sã consciência, não culpam nem os alemães daquela época – é sabido que muitos alemães não eram antissemitas nem nazistas, muitos discordavam de Führer.

Se há dívida histórica ela deve ser paga por toda a humanidade. Pois, não há canto desse mundo, em tempo algum, que não tenha havido um povo dominando outro.

No tocante à escravatura negra, contrapondo: quem vai pagar a conta aos brancos? Isso é uma piada! Exclamarão os não brancos. Concordo. Não há nada a pagar aos brancos. – Mas, se houvesse uma dívida histórica aos negros e aos índios e aos pardos; ora, por que não haveria de ter também a dos brancos? Por quê? – Ora, porque sempre houve escravos brancos, em toda a história. Ou alguém aí não sabe disso? Se alguém pensa que só existiu escravagismo negro está assinando o seu próprio atestado de ignorância. Antes dos negros serem seqüestrados na África, os brancos pobres e indefesos ou até ricos vencidos nas guerras eram feitos escravos.

Escravagismo, de qualquer cor, inclusive do branco, nem é coisa do passado. Temos escravagismo, hoje, em todas as partes do mundo, inclusive aqui no Brasil. – No Sertão. Nos latifúndios distantes (às vezes de propriedade de algum figurão da política ou do empresariado). Mas, também, aqui e aí bem pertinho. Lá no subúrbio. Lá no condomínio fechado. Ali do outro lado da rua. Na casa ao lado. De um modo ou outro tem sempre alguém achando que é normal dominar e escravizar um ser humano.

Da conseqüência: Desde criança sempre ouvi dizer que no Brasil não há racismo. Mentira! não é? Em parte. Se compararmos com o racismo dos outros países. Mesmo o racismo (Apartheid) da África do Sul, já não existe. O dos EUA nem se fala, até elegeram um presidente negro. Mas, com toda a melhora, lá ainda tem separatismo e preconceito explícitos. Deixe-me ilustrar: Minha cunhada, branca como leite, foi morar na Flórida com o marido e filho. Deram um giro pelo bairro onde decidiram que seria possível pagar aluguel. Anotaram os endereços das casas que agradaram e foram até à imobiliária. A atendente olhou a lista e aconselhou-os a eliminar alguns endereços e explicou que se eles fossem negros aconselharia a eliminar os outros endereços. O bairro era dividido em metade negro e metade branco. Isto significa um grande avanço. Há 30 anos atrás isso seria impossível. Hoje já dividem o mesmo bairro. Respeitam-se. Mas ainda não se misturam.

Meu cunhado morou perto de Boston. Contou-me que certo dia a firma lhe mandou prestar serviço em um determinado endereço. Lá chegando percebeu que era um bairro de classe média alta. Trabalhou lá por cinco dias inteiros. Não viu um branco sequer. Os moradores eram todos negros. Curioso, interrogou o patrão, um americano branquelo. Ficou perplexo com o que ouviu – o bairro é todo habitado por negros. Todos os adultos têm formação universitária. A maioria tem mestrado ou doutorado. São cientistas, professores, diretores de grandes firmas, empresários, industriais. – Meu cunhado branquelo, estava lá, clandestinamente, pintando as paredes de uma mansão, para sobreviver. Com um segundo grau sofrível.

Dizem que no Brasil há um “racismo velado”. Quer dizer que o brasileiro tem um racismo hipócrita e covarde. Ou seja oculto e subjetivo. Verdade? Em parte, porque isso se aplica aos racistas ou preconceituosos assumidos, mais aos segundos que aos primeiros.

Aqui, o que se vê, em geral, é a camaradagem, sincera. O convívio amigável. A miscigenação natural. Os casamentos “inter-raciais” se realizam a todo instante. As cores, aqui, se misturam como café com leite, não só convivem, como no arco-íris. Negros e brancos nascem e crescem juntos até que o dinheiro os separe. Se permanecerem pobres a vida inteira, juntos continuarão. Se enriquecerem todos, também. Aqui as pessoas são separadas pelo dinheiro não pela cor da pele. Não há como misturar a mansão com o barraco; o condomínio de luxo com a favela; a “quentinha” com “a La carte”; o BMW com a Kombi; o banqueiro com o bancário. Este separatismo é imposto pelo dinheiro, não pela vontade das pessoas.

E as cotas? Ah! As cotas. Dizem que elas vão diminuir esse fosso entre ricos e pobres. Que vão diminuir a diferença entre a mansão e o barraco. Que nada! Elas vão corroer a convivência; vão fazer enxergar o que não se via. Como os cupins deixam só a cor da madeira as cotas vão deixar só a cor da pele. A cor vai segregar como hoje o dinheiro faz. E, o dinheiro o faz imperativamente. E isso sim precisa ser combatido. Se é para diminuir as diferenças materiais vamos planejar cotas para as classes econômicas (se ninguém encontrar melhor idéia).

Cota A, B, C, D, E. Isso não vai promover a separação do que já é separado. Mas, poderá fazer desaparecerem os barracos; as quentinhas; as Kombis enferrujadas. As favelas poderão perder este conceito. Poderão ser condomínios classe média. As Kombis enferrujadas poderão ser trocadas por outras “zeradas” (ainda existem); as quentinhas serão substituídas por “self-service”.

Enfim, todos poderão viver com dignidade. É isso que interessa! Acabar com a miséria e com a pobreza. Que a diferença venha a ser entre o mais rico e o menos rico. Aí perderemos a vergonha de sermos do terceiro mundo e seremos desenvolvidos. Seremos uma Nação de verdade.

Aí o Brasil perderá a cor feia da pobreza.
Aí o Brasil ganhará as cores da dignidade, a verdadeira riqueza.
Da legalidade (?): Ah! Ia me esquecendo: leiam o artigo 5º da Constituição Federal. Só!

Será que ele precisou de cotas?

ENCONTRADA A PROVA DE QUE QUINTÃO NÃO ADMINISTRA

Há um provérbio que diz: “Quem não limpa a própria casa suja a cidade”.

Os ipatinguenses estão perdendo a paciência com a falta de cuidados da administração municipal com a bela Ipatinga. A continuar assim, em breve, a nossa cidade poderá ser comparada a uma mulher linda, bem vestida e cheia de jóias que, de repente é acometida de Depressão e se torna maltrapilha, suja e desgrenhada.

Experimente contar quantos buracos você verá amanhã. Tente, também, contar quantos monturos de barro, terra, areia, galhadas você verá no seu trajeto. Depois me conte, se você não perdeu a conta. É verdade, está de perder a conta, de cansar de contar. (Aí um defensor incondicional do prefeito me diz: “o Quintão deu azar com a equipe dele, ele está pagando pela incompetência dela”. Não! Essa é um chute no cóccix. O cara não sabe que a equipe é o reflexo do líder. Aiaiai!).

Sabemos que a Dengue é uma calamidade no país e Ipatinga não foge a regra (agora mesmo tive notícia de que uma moça do Veneza estava com Dengue Hemorrágica, felizmente já está fora de perigo). As pessoas educadas e instruídas estão sempre evitando e corrigindo qualquer pequena possibilidade de colaborarem com a reprodução do mosquito transmissor que, sabe-se, pode depositar seus ovos em qualquer gota d’água. E o faz em água parada.
Mas, pasmem ipatinguenses! O Sr. Sebastião Quintão, prefeito desta nobre cidade, não integra esta comunidade. Parece que “ele saiu da roça mas a roça não saiu dele”. Lá na fazenda, bem administrada, a água é corrente por natureza e tem muitos batráquios para engolir os insetos. Mas, seu Quintão, aqui é cidade, num é roça não sô!

Se não bastasse tantos desmandos, tanto retrocesso e tanto desserviço; tantos exemplos de que estamos sendo humilhados e vilipendiados, vimos, agora, nos deparar com mais esta: foi encontrada a prova de que Quintão não está nem aí para o bem-estar, a saúde e a vida dos seus munícipes. Por quê? Porque bem no centro da cidade há um imóvel vistoso, de propriedade dele. Bem na esquina da Valentim Pascoal com Poços de Caldas, em frente a Pernambucanas. É a sede do “Projeto de Salvação” (que já faz tempo está fechado). Os passantes são atraídos pelo espelho d’água que circunda o imóvel e, inevitável, pensam: “oh! Senhor! Eis uma fábrica de mosquitos da Dengue. Uai! Mas este prédio é do prefeito, será que ele não se importa com a Dengue?”. E você ainda pergunta?

Este é o Quintão!!!

CHICO Delfino ou Sebastião QUINTÃO?

Qual deles você deseja ver como Prefeito de Ipatinga nos próximos quatro anos?

O primeiro, Chico Ferramenta, foi o mais votado, milhares de votos a mais, ganhou a eleição, foi diplomado, carregado nos ombros dos seus cabos eleitorais, comemorado com baile e em grande aglomeração em parque público, buzinaços e fogos de artifício. Lutou, feericamente, contra e pelo poder. Queria ser Prefeito pela 4ª vez. Foi, magistralmente, eleito. Ganhou o diploma mas perdeu a posse.

O segundo, Sebastião Quintão, perdeu a reeleição. Uma campanha fria. Sustentada por uma derrama de dinheiro. Sob uma chuva de acusações de corrupção. Com o título, já emitido pelo povo, de Pior Prefeito da História de Ipatinga. Um típico estereótipo de coronel rural de chapéu na cabeça em tempo integral. Um homem que não sabe ou não quer saber o que é “Estado Laico”. Pastor e Político dependendo da conveniência.

Estes são os dois protagonistas da novela política que se enreda em Ipatinga há três meses. Desde o dia seguinte à eleição em 05/10/2008. Algo bem parecido com a novela “A Favorita” da Rede Globo. Com a diferença fundamental de que os ipatinguenses sabem que a novela da TV finaliza daqui a poucos dias e que  não passa de uma ficção. Já a novela política de Ipatinga é real, deveria ter tido um FIM na última cena, a “Posse” do Prefeito eleito (ops!) no dia 1º/01/2009. Mas, uma falha do “Script” (leia-se: “Leis Eleitorais Brasileiras”) e fraqueza da “Direção” (leia-se: “Judiciário Brasileiro”) deixou os espectadores ipatinguenses com a sensação de que assistiram um FIM mal finalizado. Aquele FIM reticente, que é uma “deixa” de que o FIM “não ficará bem assim”. De uma forma ou de outra!

Por que “de uma forma ou de outra”? – Ora, porque toda história mal começada e mal finalizada fica imponderável. Se ficar da forma como está deixará uma sensação de indefinição, se a forma for modificada  a sensação permanecerá. O espectador/eleitor sente-se ludibriado e frustrado. Seja ele eleitor do primeiro candidato, do segundo, da terceira e mesmo o não eleitor, ou seja, todos os ipatinguenses.

Afora, os que têm “interesses pessoais”, tirante os “radicais e fanáticos” e excluídos os “simplórios encabrestados pelo populismo”; o restante dos cidadãos desejavam e desejam reescrever a história e após o último ponto carimbar, com a tinta mais impregnante que houver, a palavrinha imperativa e defintiva: FIM.

Quintão não administra a cidade depois da derrota

A cidade de Ipatinga, pólo do Vale do Aço. Uma das mais importantes do país. Detentora de um IDH invejável. Verde por todos os lados. Infra-estrutura avançada. Planejamento futurístico. Saúde com padrão de países ricos; Educação ídem. E ainda haveria muito mais se a finalidade aqui fosse fazer a lista completa. Mas não é. Infelizmente, a finalidade aqui é denunciar o estado de abandono em que ficou a cidade desde outubro, quando o prefeito Quintão perdeu a eleição.
De lá para cá, parece que ele deu ordem para sua “equipe” (que fez pouco e mal durante quatro anos) fazer o mínimo. A cidade está entregue às traças. Desde que cheguei aqui há 22 anos, nunca havia visto esta cidade, tão rica e poderosa, ser tão diminuida e constrangida (que ironia! logo o prefeito que foi eleito com o slogan: “quero fazer por esta cidade tudo o que ela fez por mim e por minha família” . Quem o elegeu (inclusive eu – voto de protesto – “que vergonha!” – mas a gente tem sempre que tentar.) está se perguntando agora: “o que esta cidade fez de tão mal a esse sujeito e à sua família para ter esse “troco”? –
Alguém já viu uma cidade deste porte não ter uma decoração de Natal? Pois é esta a maior prova de desinteresse com a administração da cidade. Até as crianças repararam. Uma perguntou: “uai, aqui não tem Natal?
Onde está o prefeito?
Alguns respondem: “deve estar internado em uma clínica de doentes mentais”.
Ora, que doente mental que nada. Antes fosse. Muitos doentes mentais são produtivos, inteligentes, simpáticos, honestos, cultos. Qualidades muito distantes desse ridículo senhor, que em maldita hora, tomou uma infeliz decisão de se arvorar de político e adminisrador público, vindo a ser eleito e causando este mal irreparável e incomensurável a esta querida e saudável Ipatinga.
Doente mental? Rá-Rá-Rá-Rá. Só se o diagnóstico for: “Obsessão Compulsiva em Acumular Patrimônio e Poder por Meios…”. Complete você meu caro conterrâneo honesto e trabalhador. Eu, peço licença, estou correndo para vomitar no vaso sanitário.

Buracos tapados com barro e brita em Ipatinga

Eu sou ipatinguense, estou indignado e envergonhado!
Com quê?
Com muita coisa!
Infelizmente, de alguns anos para cá a coisa tá ficando esquisita por aqui.
Antes, éramos referência, até internacional, em muita coisa. Motivo de orgulho para os cidadãos daqui. Agora, a coisa desgringolou. Estamos indo, do caderno especial para as paginas policiais. É notícia ruim uma atrás da outra.
O que tá em foco agora?
Neste momento o que tá envergonhando é o fato de a PMI – Prefeitura Municipal de Ipatinga – estar usando barro com brita, não você não leu errrado não, é isso mesmo: Barro com Brita. Já pensou o que significa isto? Uma cidade com um orçamento desse ( não vou dizer quanto, pesquise você mesmo, vou adiantar que o número é grande prá caramba) e, valha-me Deus! A PMI (“Nunca na história desta cidade aconteceu isso“) está usando Barro com Brita para tapar os buracos das ruas e avenidas e até da BR. Dá pra acreditar? Isto é um absurdo!
O povo de Ipatinga precisa se revoltar (como fez um povo vizinho nosso) e ir para as ruas gritar contra este desmando.
Ora, nós pagamos impostos. E não é pouco não! E Ipatinga tem uma das maiores arrecadações de MG e até do Brasil. É de matar de inveja 80% dos municípios do país. E para quê? Prá gente ter que ficar espirrando barro com o pneu do carro? Parece brincadeira de criança. Assim não dá!
Sabe porque nós estamos vivenciando uma situação dessa? Porque nós estávamos de saco cheio do PT (com razão) e fomos eleger um fazendeiro corrupto, chapeludo, que bate em cavalo com a bíblia e toca berrante. Oh! Jesus Cristo, tenha piedade, onde foi que nós pecamos tanto, para merecermos uma merda desta?

Chega de “quintão”, este assunto agora é com o TCU!

(Deixei de assinar muita coisa aí para trás e aí os colaboradores pensavam que o Post era do Diegolopes. De agora em diante passo a assinar com a rubrica Jass.)

-Chega de “quintão” ( a inicial minúscula é de propósito), este assunto agora é com o TC e com a PF. O TC vai querer a contabilidade da PMIpatinga nos quatro anos, fechadinha. Se ninguém viu como, nem em que, toda a dinheirama foi “aplicada”, vai ser difícil! A PF vai querer saber onde a dinheirama está “aplicada”. O jornal Estado de Minas já andou apontando um lugar chamado Nova York. Parece que o filho que diz ter estudado nos EUA(… e a mídia investigativa andou publicando que estudo passou longe, que o diploma que ele trouxe é frio) andou aprendendo bem “otras cositas”. E, aí vem a lembrança daquela enorme gafe e a consequente pergunta que não quer calar: “Como alguém que tem o privilégio de fazer um curso superior nos EUA desconhece os fundamentos básicos da história da ditadura militar no Brasil? Um fato recente, que os próprios pais fazem questão de lembrar e explicar para os filhos, um fato tão monstruoso que os pais querem exorcizar e querem previnir aos seus filhos de que nunca permitam que aquilo se repita em nosso país. Como um deputado federal, que não teve a infelicidade de ser vítima dos “anos de chumbo”, não foi fazer uma pesquisazinha básica na biblioteca da Câmara Federal ou do Senado? Ou não digitou duas palavras básicas em qualquer “site de busca”: ditadura militar? ( a resposta básica seria: “…era gente fardada ‘cuidando’ de prender, torturar, matar, exilar, gente vestida de civil”), ou ainda, por que não aproveitou aquelas longas horas de ociosidade tão comuns aos políticos brasileiros, intervalo para o cafezinho, paralização para isso e para aquilo, o tempo na barbearia da Câmara, no Médico da Câmara, no clube da Câmara, no sítio da Cãmara, no avião da Câmara, ufa! Enfim em todo aquele infinito tempo ocioso que só os políticos têm, enquanto os pobres mortais trabalham para pagar os infinitos impostos que eles produzem para eles mandarem para os “paraísos fiscais”; por que nessas horas ele não puxou um papo com um dos colegas da ociosidade, daqueles que viveram no tempo da ditadura militar, e perguntou a eles:”Ô fulano o que foi mesmo essa tal de ditadura militar? Não me olhe com essa cara, é que eu era uma criancinha e não me lembro de nada e quero saber o testemunho de alguém de confiança como você”. Pronto, sem precisar ir à biblioteca, sem precisar respirar o pó dos jornais da época, sem precisar ir à livraria, sem precisar digitar duas palavras no “Google”, ali mesmo, de sopetão, na confortável poltrona do avião, na confortável cadeira da barbearia, no confortável mesanino do restaurante do clube de golf. Sem precisar gastar sequer uma mísera Kcal, ele poderia ter economizado milhões de neurônios (e, pensando bem nem precisava gastar os neurônios tão preciosos dos colegas, poderia aprender muito mais ainda e gastando os pobres neurônios de “gente como a gente”, um destes: barbeiro, garçom, engraxate, médico, alfaiate, aeromoça, motoristas, secretárias, podóloga, sauneiro, centenas de “auxiliares de serviços gerais”, mendigos/se ele já tiver visto algum ou acreditar que eles existem/), qualquer um destes(porque quem é “cuidado” ou “cuida” dessa gente, sabe que eles sabem) lhe daria uma lição sobre aquele periodozinho básico da história do Brasil e o teria poupado daquele vexame hitórico e, com certeza, teria perdido de menos um pouquinho. Mas, “gente que não cuida” de estudar e fica fazendo gazeta para aprender tudo sobre paraíso fiscal, como o papai mandou, acaba sendo reprovado pela “Gente que cuida” de por o voto nas urnas. Gente que “cuida” de dizer não para gente que não sabe “cuidar de gente”.

É gente, não teve jeito acabei ficando no assunto que teima em não sair da nossa memória. E ainda dizem que brasileiro não tem memória!

– Vídeo em que Leonardo Quintão é questionado sobre o depoimento que deu ao Jornal “O Tempo”. Presos políticos da ditadura sendo comparados a presos comuns.

[youtube]http://br.youtube.com/watch?v=JxFBBS6QWg8[/youtube]

– Vídeo em que Leonardo Quintão é questionado a respeito de seu “diploma”.

[youtube]http://br.youtube.com/watch?v=h_fFpDB89G0[/youtube]

O pai de Leonardo Quintão, em Ipatinga

Ô eleitor Beagazontino!

Você aí de BH que vai votar de novo, preste atenção no que nós, eleitores daqui de Ipatinga, que já votamos e elegemos o nosso prefeito, temos a dizer a vocês.

O Segundo Turno de vocês está chamando a nossa atenção aqui. Por quê? Porque o candidato Leonardo Quintão, que foi alçado do terceiro ao segundo lugar e levado para o Segundo Turno, é, nada menos que filho do nosso ex-prefeito aqui, que acabou de ser defenestrado da Prefeitura, perdendo a reeleição portanto, por uma diferença de mais de 15000 votos.

Você já entendeu porque nós estamos acompanhando com interesse a eleição daí, mas, ainda está se perguntando: “o que nós temos com isso?”. Se você ler mais um pouquinho vai logo entender que vocês aí têm mais com “isso” do que nós, porque o nosso caso já é passado e o de vocês é futuro. Nós não podemos voltar o passado, mas vocês podem evitar o futuro. Se filho de peixe peixinho é, vejam os riscos que vocês correm se colocarem o filho do peixe na Prefeitura de Belo Horizonte:

Porque o pai do Leonardo Quintão não foi reeleito?

Porque a Prefeitura de Ipatinga é uma das mais ricas do Estado e o ipatinguense não viu, em 04 anos, nenhuma obra executada exclusivamente com dinheiro municipal. Ele gastou muito dinheiro com propaganda das obras federais como se fossem unicamente dele, mesmo com as placas dos programas federais fincadas, como: “Restaurante Popular”; “Bolsa Família”; “Escola SENAI/FIEMG”; “Recapeamento de Vias”(recapeou umas 05, ficaram umas 15 com o velho asfalto vencido); “Programa Morar Melhor” (as telhas colocadas eram inferiores às retiradas, como demonstrou a Sra. MJLS, dona de uma das casas “reformadas”/(denúncia de desvio de 20 milhões, a Polícia Federal o caçou até em sua casa, mas ele fugiu no seu avião particular e voltou no outro dia com um Habeas Corpus Preventivo); “Programa Qualifica” (denúncia pela OAB, de Licitação Viciada. Desvio de milhões); “Programa Inclusão Digital”. Ele propagandeou que construiu o Hospital Municipal, que era o Pronto Socorro Municipal, que foi apenas ampliado por ele, porque para hospital ainda falta muita coisa, como por exemplo um Centro Cirúrgico e uma UTI (tanto que pacientes graves são transferidos para o Hospital Márcio Cunha a toda hora). E assim foi até o “Gran Finale” da ópera bufa.

Ele entrou repetindo um milhão de vezes que queria fazer por Ipatinga o que ela havia feito por ele. E mostrou o que fez!…

E o ipatinguense não gostou e o tirou de lá. Graças ao poder do voto na Democracia.

Muita gente, como meu eu, votou nele da primeira vez porque queria ver o PT e o prefeito fora, pois o Chico Ferramenta estava lá pela terceira vez. O anterior foi o João Magno de Moura (aquele mesmo do mensalão, que foi absolvido pelos colegas e a coleguinha dançou a “dança da pizza). Pois bem (mau), os petistas estavam administrando só para eles, como se a Prefeitura fosse a casa deles. O eleitor se cansou e mandou o candidato do PT (adivinhem quem! O próprio Deputado Federal João Magno, do Mensalão) lamber sabão. E elegeu o Sebastião Quintão.

…E o eleitor elegeu novamente o petista Chico Ferramenta para mandar o Quintão lamber sabão, de tanto que ele abusou. Isso porque o eleitor sabia que a terceira candidata, Deputada Estadual, Rosângela Reis, não tinha cacife para se eleger.

Agora vocês beagazontinos já entenderam tudo. Se o filho for eleito aí e repetir o pai, BH vai ter 04 anos de estagnação e corrupção e o eleitor vai ficar 04 anos “pagando o pato” e com aqueles cacoetes ridículos daquelas propagandas do TRE. Tinha aquela do cara que começava a sapatear nos momentos mais constrangedores, lembram?

Pois é vou dormir com a consciência tranqüila por ter passado este esclarecimento para vocês. Eu, particularmente, não acredito mais em político nenhum, mas, ainda acredito que podemos punir os piores e, assim, com o tempo, talvez muito tempo, a gente ensine a essa corja a respeitar o povo e a “Res Publica”, Coisa Pública.

Daqui a 19 dias vocês estarão novamente indo às urnas para elegerem aquele que ficará lá na Prefeitura com todos os poderes inerentes, por 04 anos. Todo cuidado é pouco. Boa Sorte!

Vídeos que tem a ver com o post:

– Dancinha da Impunidade para João Magno, rendeu vários vídeos no Youtube

httpv://br.youtube.com/watch?v=7_JsxouR4js

httpv://br.youtube.com/watch?v=NWfITQF_3zA&feature=related

httpv://br.youtube.com/watch?v=MhKhDqptDxA&feature=related

– E esta eu achei a melhor, só não entendi o Lula no final

httpv://br.youtube.com/watch?v=MDCf9VRlpIY&feature=related

Este post foi escrito por um colaborador do Blog e ao final foi dado um toque especial por mim. Belorizontinos, se não quiserem ver vídeos como os da Ângela só que com o Leonardo no lugar do Maguinho cuidado. Não é ninguém da oposição falando. É só um morador de Ipatinga e BH que sabe do que está falando. É tanto o esforço meu para fazer o Leonardo não ganhar que todo mundo que encontro na rua falo sobre ele. O pai dele não apenas roubou. Fez diversas outras coisas e ainda por cima tentou desmatar a cidade. Graças a Deus o projeto foi embargado. Mas isto já é assunto para um outro post.

E se quiserem saber um pouco mais sobre o pai de Leonardo Quintão, leiam também este post.